Espantalho
Que bicho estranho és tu
Caro espantalho
Com as palhas ao vento
Como se fosse feito de aço
Trabalhador nato
Coitado do espantalho
Judiam de você
E fica o tempo todo parado
Faça-me o favor
E reaja Espantalho
Se te causam tanta dor
Porque se fixa ainda aí?
Fostes abandonado
Então não seja burro, Espantalho
Ninguém mais aí está
Nem o milho que restava
Muito menos quem estava a plantar
Pois se foram a muito tempo
Enquanto você estava aí,
Parado no mesmíssimo lugar
Não finja que não vê
Bobo espantalho
Pois assim pode menos doer
Então aprenda o que há para entender
Como por tal que és estranho, nato, burro, coitado....
E abandonado
Afinal és espantalho
Para finalmente ceder
Que é apenas um simples espantalho
E que eu sou você
Era uma vez um espantalho, fixado e parado, que vivia em harmonia com a colheita e aqueles que a colhiam. Tinha por função, protegê-los dos corvos, e dar sustento ao que viriam de ser, mas não foi bem assim que ocorreu. De um tempo pra cá, não conseguia mais proteger com êxito e viu aos poucos, todos irem embora, ao som dos corvos que prosseguiram apenas aumentando de quantidade. O espantalho já fora necessário, mas hoje não é mais....sobrando no pasto, que antes haviam milhos não lavados....apenas o destruído e sem vida.....o espantalho, largado aos corvos
Ass: O Garoto que prometia à Lua
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